terça-feira, 5 de junho de 2012


Teste Dislexia Crianças


Teste de Dislexia para Crianças | 5 aos 8 anos

Este questionário não substitui um diagnóstico realizado por um profissional, pode apenas ser considerado como um pré-diagnostico.
Em caso de suspeita de dificuldade de aprendizagem consulte o mais rápido possível um profissional da área, somente este poderá diagnosticar e avaliar o melhor tratamento para as dificuldades apresentadas.
Instruções:
* Este teste/avaliação é recomendado para crianças de ambos os sexos, entre os 5 eos 8 anos.
* Todas as questões devem ser respondidas baseadas no seu comportamento ou acções dos últimos 6 meses.
* Marque o item que melhor o descreve em cada questão, certificando-se de que todas as questões são respondidas.
* Seja honesto nas suas respostas.

1: Tem atraso na leitura de dois ou mais anos em relação às crianças da mesma idade?
 Quase sempre Raramente Nunca
2: A velocidade na leitura é inferior a 50/60 palavras por minuto?
 Quase sempre Raramente Nunca
3: Comete erros frequentes na leitura (omissões, substituições, inversões de fonemas – vogais e consoantes sonoras)?
 Quase sempre Raramente Nunca
4: Compreensão do texto é muito pobre?
 Quase sempre Raramente Nunca
5: Seu quociente de inteligência (Q.I) é normal ou superior?
 Quase sempre Raramente Nunca
6: Apresenta um baixo rendimento na área da ortografia?
 Quase sempre Raramente Nunca
7: Tem um rendimento baixo no cálculo matemático, especialmente na multiplicação?
 Quase sempre Raramente Nunca
8: Apresenta movimentos involuntários associados, especialmente quando lê e escreve)?
 Quase sempre Raramente Nunca
9: Não gosta de ir à escola (Fracassa nas avaliações, não gosta do meio escolar, falta de motivação para aprendizagem)?
 Quase sempre Raramente Nunca
10: Apresenta ansiedade e medo na hora de ler em voz alta?
 Quase sempre Raramente Nunca
11: Apresenta erros frequentes na escrita (omissões, substituições, adições e inversões de letras)?
 Quase sempre Raramente Nunca


Teste de Discalculia

Teste de Discalculia

Este Teste de Discalculia é um questionário simples e breve que pretende ajudá-lo a identificar se tem discalculia. Não substitui um diagnóstico realizado por profissionais, pode apenas ser considerado como um pré-diagnóstico.
O diagnóstico correto e apurado terá de ser realizado por profissionais e técnicos da área. Por isso se responder “sim” a metade ou mais das perguntas consulte o mais rápido possível um profissional da área, somente este poderá diagnosticar e avaliar o melhor tratamento para a discalculia apresentada.
Instruções:
* Este teste/avaliação é recomendado para jovens (a partir dos 15 anos) e adultos de ambos os sexos
* Todas as questões devem ser respondidas baseadas no seu comportamento ou acções dos últimos meses.
* Marque o item que melhor o descreve em cada questão, certificando-se de que todas as questões são respondidas.
1: Às vezes, ao copiar os números, escreve-os na ordem errada.
 Não Sim
2: Ao usar um telemóvel ou telefone escrevo os números na ordem errada. 
Não consigo lembrar-me de números, mesmo quando os uso regularmente.
 Não Sim
3: Somar e subtrair são operações difíceis para mim.
 Não Sim
4: Não consigo compreender frações.
 Não Sim
5: Não compreendo o significado de números pares e ímpares.
 Não Sim
6: Quando alguém fala sobre números pares e ímpares tenho de pensar muito bem para identificar cada um.
 Não Sim
7: Nunca poderei trabalhar numa loja porque tenho dificuldade em fazer os trocos.
 Não Sim
8: Os relógios analógicos confundem-me sempre.
 Não Sim
9: Nunca consegui subtrair números grandes.
 Não Sim
10: Não consigo perceber a tabuada.
 Não Sim
11: Não consigo identificar os símbolos matemáticos, por exemplo – ou +, às vezes não sei o seu nome ou o que cada um significa.
 Não Sim
12: Todos na minha turma sabem o que á raiz quadrada, mas na realidade eu não sei.
 Não Sim
13: Acho muito difícil copiar um conjunto de números do quadro para o caderno.
 Não Sim
14: Mesmo quando uso uma calculadora o resultado não está certo.
 Não Sim
15: Quando tenho de resolver um problema, muitas vezes perco-me e não consigo terminar.
 Não Sim
16: Às vezes esqueço-me do nome de formas geométricas como triângulo ou círculo.
 Não Sim
17: Quando resolvo um exercício matemático, a folha fica sempre uma trapalhada.
 Não Sim
18: Às vezes sei a resposta para um problema matemático, mas não sei explicar como lá cheguei.
 Não Sim
19: Fico mesmo confuso com números elevados como 1,000 e 9,999 e não consigo identificar qual é o mais elevado.
 Não Sim
20: Quando viajo não consigo perceber o valor do dinheiro dos outros países.
 Não Sim
21: Não compreendo porcentagens.
 Não Sim
22: Não tenho ideia de como resolver problemas do tipo “Se um homem demora 5 minutos a percorrer 10 kilómetros, quanto tempo demora a percorrer 12?”, mesmo que outros na minha turma o consigam.
 Não Sim
23: A matemática assusta-me. Na realidade não compreendo como funciona.
 Não Sim
24: Algumas vezes quando tenho de responder a uma pergunta relacionada com números, não consigo lidar bem com isso e fico muito ansioso.
 Não Sim


Disgrafia é o transtorno da escrita, de origens funcionais, que surge nas crianças com adequado desenvolvimento emocional e afectivo, onde não existem problemas de lesão cerebral, alterações sensoriais ou história de ensino deficiente do grafismo da escrita.
Portelano Pérez (1985) e Brueckner e Bond (1986) classificaram a Disgrafia como disgrafia do tipo maturativa, desenvolvida a partir de factores próprios do desenvolvimento do indivíduo e disgrafia “provocada”, de causa pedagógica, cujo substrato é o ensino inadequado da escrita. Ambos, neste caso, reportam-se tanto ao excesso de exigência quanto à deficiente orientação no processo de aquisição do grafismo da escrita.
A criança disgráfica é vítima de transtornos que provém ora do plano motor, ora do plano perceptivo, ora do plano simbólico. A dificuldade de integração visual-motora dificulta a transmissão de informações visuais ao sistema motor. “A criança vê o que quer escrever, mas não consegue idealizar o plano motor”. Sua escrita é nitidamente diferente da escrita da criança normal, o que não acarreta homogeneidade no interior do grupo dos disgráficos. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

QUE TIPO DE LETRA.



Letra cursiva


O tema nos leva a questões como: qual é a melhor modalidade para iniciar o ensino da escrita? Deve-se ensinar uma modalidade ou as duas, simultaneamente?
Experiências experimentais revelam dados que devemos levar em consideração quanto aos tipos de escrita. No alfabeto script, o traçado das letras formadas por círculos unidos a traços retos obriga a criança a levantar o lápis para passar do traço reto ao circulo ou ao inverso. Essa escrita desenhada freia posteriormente o movimento da escrita, que requer continuidade e flexibilidade. A escrita cursiva caracteriza-se pelo enlaçamento das letras entre si. Essa ligação caracteriza o estilo do modelo cursivo, facilita a desenvoltura e a flexibilidade do movimento, e favorece a continuidade e o dinamismo na escrita.
O modelo cursivo permite que a criança perceba cada palavra como um todo, e esta percepção visual das palavras como unidades separadas é extremamente importantes para que, futuramente, haja espaço entre uma palavra e outra. Esses espaços constituem uma característica especifica da linguagem escrita, à diferença da linguagem oral, na qual as palavras são percebidas sem separações entre si.
Com isso, nossa proposta é que, desde o inicio da escolaridade, a criança "visualize" a escrita cursiva. Incidentalmente estaremos dando-lhe oportunidade de perceber os movimentos que a professora faz ao escrever: para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo.
Não queremos, no entanto, que essa proposta seja confundida com uma proposta de aprendizagem precoce ou um aceleramento dela, pois sabemos e defendemos que cada um tem seu ritmo, sua experiência prévia distinta, seu tipo de motivação frente à escolaridade e que, embora todos respondam, cada resposta poderá ser diferente.
É preciso, porém deixar claro, que há crianças que preferem escrever com letras de forma, e outras com letra cursiva. Não há letra correta, por isso independente da letra que a criança faça, e tenha mais facilidade, o que realmente importa é que seja uma letra legível, na qual todos consigam ler.
Literatura
"Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões do seu corpo.
O microscópio, o telescópio são extensões de sua visão; o telefone é a extensão de sua voz; em seguida temos o arado e a espada, extensões de seu braço. O livro, porém, é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação". (Jorge Luis Borges)
As maneiras de um livro chegar até nós são as mais corriqueiras possíveis. Retirando-o da biblioteca, comprando-o em livraria, em sebo, pedindo-o emprestado, descobrindo-o na bibliografia de um outro livro de que tenhamos gostado demais, dando atenção a um comentário que despertou a nossa vontade de ler.
O que deve ser importante ao depararmos com os livros na Educação é simplesmente o prazer e o desafio de contar determinadas histórias, seja ela de Monteiro Lobato ou dos Irmãos Grimm, aquela vontade irrefreável de transmiti-la às crianças, de querer passear pelos seus cenários e de conversar com seus personagens, um desejo de intimidade, de se entrar mais e mais no coração do livro.
Devemos ponderar a escolha do repertório: contos maravilhosos, fábulas, lendas, mitos, ficção, poesia, adivinhas, livros de imagens, e adequá-los para cada faixa etária.
Transmitir pelos gêneros proporcionará dinamismo e empolgação, além de ser um recurso eficiente para que as crianças se familiarizem com as características de cada um deles.
Desenvolver uma história utilizando fantoches, marionetes ou dramatização é uma maneira rica de estimular a imaginação, a linguagem, o pensamento e a socialização.
Os bonecos atraem a atenção e encantam as crianças, proporcionando o prazer de dar vida e voz a eles. Também levam as crianças à descobertas das potencialidades da voz. Aprendem a adequar a voz às situações, percebendo que podem aliar o ritmo vocal ao gestual.
A literatura associada ao teatro de bonecos ensina a criança a prestar atenção no mundo sonoro, a perceber a beleza da música e do ritmo.
As narrações mais belas nascem da naturalidade, do prazer de contarmos histórias, de transmitirmos a herança folclórica da humanidade.

Blog de julianapsicopedagoga :ღஜ PSICOPEDAGOGIA ღஜ, O que é Síndrome de Marfan
A Síndrome de Marfan é uma doença do tecido conjuntivo descrita por um pediatra francês, Antoine Bernard-Jean Marfan, em 1896. Com este primeiro relato e outros subseqüentes, ficou estabelecido que se tratava de uma doença genética com transmissão autossômica dominante, com expressividade variável intra e inter familial, sem predileção por raça ou sexo, que mostra uma prevalência de 1/10.000 indivíduos. Aproximadamente 30% dos casos são esporádicos e o restante familiar.
Em outras palavras, sabemos que a doença é genética porque podem existir várias pessoas afetadas na família e denomina-se autossômica dominante porque apenas uma mutação em um dos alelos é necessária para ocorrerem as manifestações clínicas. Todos nós temos 46 cromossomos (o conjunto de material genético), ou seja, 23 pares de cromossomos, um herdado da mãe e o outro do pai. Esses pares de cromossomos são iguais e os genes ocupam sempre o mesmo lugar em ambos. Cada gene que ocupa o mesmo lugar é chamado de alelo. Assim, uma mutação (alteração no código genético) em apenas um dos alelos é necessária para observarmos as características clínicas em uma doença autossômica dominante. Esta mutação pode ter sido herdada, e então ou o pai ou a mãe deve ter manifestações clínicas também, ou ter acontecido pela primeira vez, à qual chamamos de mutação nova. Uma vez portador da mutação e das características clínicas a chance de transmiti-la para os filhos é de 50%.
A Síndrome de Marfan tem um quadro clínico muito variado observado em uma mesma família e em famílias diferentes. A este fato chamamos de expressividade variável e ele é importante porque nem sempre um indivíduo afetado tem todas as características clínicas. Por isso é necessário examinar cuidadosamente os pais e os familiares próximos. Da mesma forma que um indivíduo discretamente afetado pode vir a ter um filho muito acometido, ou vice-versa.
As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica; o cardíaco, caracterizado por prolapso de válvula mitral e dilatação da aorta; e o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino. A essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.
Sabendo que um determinado gene seria o responsável por estas manifestações clínicas e que um gene sempre comanda a fabricação de uma proteína, os pesquisadores se concentraram em descobrir que proteína seria comum aos ossos, olhos e coração, e no final dos anos 80 descobriram a existência de uma proteína chamada fibrilina, que faz parte do tecido de sustentação dos órgãos. Ela está presente em grande quantidade nos ligamentos que unem os ossos nas articulações e seguram as lentes dos olhos, chamadas de cristalino, assim como na camada interna das artérias, principalmente da maior artéria do corpo humano, chamada de aorta.
Entre pessoas famosas, acredita-se que tinham a síndrome Júlio César, Charles de Gaulle, Sergei Rachmaninoff, Maria I da Escócia, Abraham Lincoln, o violinista Niccolò Paganini e possivelmente Charles Maurice de Talleyrand. Um livro recente sugere que o faraó egípcio Amenófis IV (Akhenaton) pode ter tido esta condição. Alega-se que a colunista política norte-americana Ann Coulter sofre da Síndrome de Marfan. Rumores dizem que Osama bin Laden também tem a Síndrome. [1] [2]
O astro do vôlei Flo Hyman, conhecido por ter Marfan, e o compositor de musicais Jonathan Larson, que acredita-se que também tinha a Síndrome, morreram de dissecção de aorta. O ator Brent Collins, da série de televisão Another World, era um anão com Síndrome de Marfan; aos 46 anos de idade, ele teve um repentino crescimento, o que o levou à morte. O ator Vincent Schiavelli possuía a Síndrome de Marfan, e era um membro honorário da National Marfan Foundation [3].
No Brasil, já existe a Fundação Marfan Brasil [4] que tem ajudado no avanço das pesquisas sobre a Síndrome de Marfan.
Retirado de: http://www.marfan.com.br

DISLEXIA



DISLEXIA

Blog de julianapsicopedagoga :ღஜ PSICOPEDAGOGIA ღஜ, DISLEXIA
 Primeira Infância:
1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;
3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
Observação:
Pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluiram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua deficiente percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros casos familiares de dificuldades de aprendizado - dislexia é, comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa remediativo, que pode trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.
A dificuldade de discriminação fonológica leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, "entendendo tudo o que ouvem", como costumam observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta a razão porque o disléxico apresenta dificuldades significativas em leitura, que leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras. Por isto, sua tendência é ler a palavra inteira, encontrando dificuldades de soletração sempre que se defronta com uma palavra nova.
Porque, freqüentemente, essas crianças apresentam mais dificuldades na conquista de
domínio do equilíbrio de seu corpo com relação à gravidade, é comum que pais possam submete-las a exercícios nos chamados "andadores" ou "voadores". Prática que, advertem os especialistas, além de trazer graves riscos de acidentes, é absolutamente inadequada para a aquisição de equilíbrio e desenvolvimento de sua capacidade de andar, como interfere, negativamente, na cooperação harmônica entre áreas motoras dos hemisférios esquerdo-direito do cérebro. Por isto, crianças que exercitam a marcha em "andador", só adquirem o domínio de andar sozinhas, sem apoio, mais tardiamente do que as outras crianças.
Além disso, o uso do andador como exercício para conquista da marcha ou visando uma maior desenvoltura no andar dessa criança, também contribui, de maneira comprovadamente negativa, em seu desenvolvimento psicomotor potencial-global, em seu processo natural e harmônico de maturação e colaboração de lateralidade hemisférica-cerebral.
A Partir dos Sete Anos de Idade:
1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:
2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;
3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
6 - só faz leitura silenciosa;
7 - ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra;
8 - sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
9 - pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
10 - esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;
11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais;
12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe;
13 - tem grande imaginação e criatividade;
14 - desliga-se facilmente, entrando "no mundo da lua";
15 - tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova;
16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo;
17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;
19 - perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;
20 - tem mudanças bruscas de humor;
21 - é impulsivo e interrompe os demais para falar;
22 - não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala;
23 - é muito tímido e desligado; sob pressão, pode falar o oposto do que desejaria;
24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;
26 - confunde direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros;
28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano;
29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;
30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;
32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou algébricos;
33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;
34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e faces;
35 - boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;
36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados;
39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
40 - pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita;
42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
43 - tolerância muito alta ou muito baixa à dor;
44 - forte senso de justiça;
45 - muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir;
46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;
48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
49 - sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio do espaço na página;
50 - cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.
Crianças disléxicas apresentam combinações de sintomas, em intensidade de níveis que variam entre o sutil ao severo, de modo absolutamente pessoal. Em algumas delas há um número maior de sintomas e sinais; em outras, são observadas somente algumas características. Quando sinais só aparecem enquanto a criança é pequena, ou se alguns desses sintomas somente se mostram algumas vezes, isto não significa que possam estar associados à Dislexia. Inclusive, há crianças que só conquistam uma maturação neurológica mais lentamente e que, por isto, somente têm um quadro mais satisfatório de evolução, também em seu processo pessoal de aprendizado, mais tardiamente do que a média de crianças de sua idade.
Pesquisadores têm enfatizado que a dificuldade de soletração tem-se evidenciado como um sintoma muito forte da Dislexia. Há o resultado de um trabalho recente, publicado no jornal Biological Psychiatry e referido no The Associated Press em 15/7/02, onde foram estudadas as dificuldades de disléxicos em idade entre 7 e 18 anos, que reafirma uma outra conclusão de pesquisa realizada com disléxicos adultos em 1998, constando do seguinte:
que quanto melhor uma criança seja capaz de ler, melhor ativação ela mostra em uma específica área cerebral, quando envolvida em exercício de soletração de palavras. Esses pesquisadores usaram a técnica de Imagem Funcional de Ressonância Magnética, que revela como diferentes áreas cerebrais são estimuladas durante atividades específicas. Esta descoberta enfatiza que essa região cerebral é a chave para a habilidade de leitura, conforme sugerem esses estudos.
Essa área, atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal esquerda. Cientistas que, agora, estão tentando definir que circuitos estão envolvidos e o que ocorre de errado em Dislexia, advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnosticar Dislexia.
Esses pesquisadores ainda esclarecem que crianças disléxicas mais velhas mostram mais atividade em uma diferente região cerebral do que os disléxicos mais novos. O que sugere que essa outra área assumiu esse comando cerebral de modo compensatório, possibilitando que essas crianças conseguiam ler, porém somente com o exercício de um grande esforço.
http://www.dislexia.com.br/sintomas.htm


DICAS PARA ESCREVER O RELATÓRIO PSICOPEDAGÓGICO

O relatório psicopedagógico é diferente do relatório pedagógico em vários aspetos.
O rigor em relação ao padrão científico é maior; não que o relatório pedagógico não deva ter o mesmo rigor, mas é de costume que ele seja menos formal.
Este relatório é muito importante e poderá ser lido por todas as pessoas que estão diretamente envolvidas com o caso, desde que os pais ou responsáveis autorizem.
Saiba que este relatório poderá ser utilizado inclusive em processos judiciais, portanto deve-se tomar extremo cuidado e prezar pela ética profissional.
O texto deve ser objetivo e compreensível, tanto para os profissionais, quanto para os pais da criança.
Segue algumas dicas para você fazer um bom relatório:
1) Não escreva na primeira e nem na terceira pessoa. Procure escrever no infinitivo.
2) Muito cuidado para não cometer erros relacionados à Língua Portuguesa e à digitação.
3) Evite termos conclusivos e taxativos como: é, não é, está, não está, sabe, não sabe, consegue, não consegue. Prefira termos como: demonstra, indica, denota. Lembre-se que você tem que poder provar tudo que você escreve, então, releia o texto e veja se você pode realmente provar tudo o que você disse. O momento da avaliação é breve e você tem apenas uma amostra do potencial da pessoa, desta forma é muito delicado dizer, por exemplo, que uma criança "não sabe somar", é mais seguro afirmar que ela "apresenta dificuldade" ou "demonstra não compreender" a operação de adição.
4) Escreva todas as palavras completas, não abrevie nada.
5) Se for escrever números, de um a nove você deve escrever em algarismos hindu-arábicos (9), de dez para frente você deve escrever por extenso (dez).
6) Seja objetivo, mas não deixe de colocar todos os dados importantes e necessários.
7) As áreas profissionais devem ser escritas começando com letras maiúsculas (Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia, etc.), e quando nos referimos aos profissionais escrevemos começando com letras minúsculas (psicólogo, pedagogo, fonoaudiólogo, etc.).

Vamos pensar em cada um dos itens do relatório:

Os primeiros oito itens são de levantamento de dados, portanto não cabem neles nenhum tipo de interpretação ou interferência do avaliador. Este deve ser imparcial e apenas relatar o que conseguiu obter de dados através das técnicas avaliativas e nas entrevistas.
1) Dados pessoais: Deve conter o nome da criança, nome dos pais, idade da criança, data de nascimento da criança, série escolar que a criança se encontra, nome da escola que a criança estuda e o genetograma.
2) Dados técnicos da avaliação: Aqui você deve dizer o período em que aconteceu a avaliação (meses, ano, quantas sessões e quantos minutos durou cada uma). Deve ainda dizer quais foram os instrumentos avaliativos usados (anamnese - indicando quem esteve presente para responder às questões, Provas Operatórias de Piaget, Desenho do Par Educativo, Avaliação Psicomotora - indicando o autor da técnica, análise de desenhos, T.D.E., CONFIAS, testes psicológicos em geral, sondagem pedagógica, etc).
3) Queixa: Neste item você deve colocar exatamente como disseram a queixa para você. Esta queixa pode vir de algum dos avós, irmãos, professores, mas normalmente são os pais que relatam em anamnese. Se usarem algum termo estranho ou que não seja usado em um relatório, você deve escrever do jeito que falarem e colocar um (SIC) ao lado da palavra. SIC é uma palavra do latim que significa "exatamente desde jeito", desta forma você não correrá o risco de ser mal interpretado por quem venha ler o relatório.
4) Dados relevantes da anamnese: Neste item você faz um resumo dos dados mais importantes obtidos através da anamnese. Alguns exemplos de relevância são: prematuridade, rejeições, problemas familiares, comportamentos inadequados da criança, problemas motores relatados, problemas de atraso no desenvolvimento, problemas de saúde, quedas, convulsões, desmaios, ou outros dados que chamem a atenção. Lembre-se, você não precisa e não deve entrar em detalhes, apenas citar.
5) Aspectos cognitivos: Neste item você deve colocar o resultado das Provas Operatórias de Piaget, identificando o estágio no qual a criança se encontra, se ele está de acordo como esperado para sua idade cronológica e quais suas principais dificuldades.Também deve colocar o resultado dos testes T.D.E., CONFIAS, sondagem pedagógica, e tudo que se refira à cognição e desempenho escolar (matemática, língua portuguesa, história, geografia, inglês, etc.).
6) Aspectos psicomotores: Neste item você colocará o resultado da bateria psicomotora. Se você avaliou cinco aspectos motores, por exemplo, você deverá dizer como foi o desempenho da criança em cada um deles. Lembre-se de colocar os aspectos que apresenta bom desempenho em primeiro lugar e os aspectos que apresenta desempenho inferior por último. Deixe claro o nível do desempenho apresentado, por exemplo: "Seu desempenho no que se refere à lateralidade corresponde ao esperado para uma criança de cinco anos, ou seja, abaixo do esperado para sua idade cronológica". Diga se a criança tem dominância lateral direita ou esquerda nos membros superiores, inferiores e visão.
7) Aspectos afetivos: Neste item, você deverá colocar as características emocionais encontradas nos indicativos da avaliação dos desenhos, mas deve usar o bom senso, pois estas características devem ser compatíveis com o que você observa na criança durante o período de avaliação. Se você não tem formação em Psicologia, seja bastante cauteloso com o que vai colocar neste item, procure apenas deixar claro que existem questões do emocional da criança que parecem não estar bem, para que você possa fazer o encaminhamento para avaliação psicológica no item X. Se você tiver formação em Psicológica, poderá utilizar técnicas específicas da área para fazer uma avaliação mais aprofundada e relatar suas conclusões aqui neste item.
8) DADOS OBTIDOS DE OUTROS PROISSIONAIS: Aqui você deve colocar o que o professor, ou um médico, ou um fonoaudiólogo, ou um psicólogo, ou qualquer outro profissional envolvido no caso tenha passado para você através de relatório. É importante que você coloque o nome completo do profissional que lhe passou as informações e também coloque o número do registro profissional (CRP, CRM, etc). Cuidado ao colocar informações obtidas através de telefonemas ou encontro pessoal, pois nestes casos você não tem como provar a informação a você confiada.
A partir do próximo item, você estará fazendo suas conclusões sobre o caso avaliado. Para isso, você deverá fazer um estudo aprofundado dos dados coletados. Deverá analisar todos dados obtidos e relacioná-los entre si, buscando uma explicação para a dificuldade de aprendizagem. Lembre-se que estas conclusões devem estar pautadas em um rico e profundo conhecimento teórico.
9) CONCLUSÃO: Esta é a parte mais importante do relatório. Quanto maior conhecimento teórico e prática profissional você tiver, melhor será sua conclusão. Aqui você deve buscar uma explicação sobre o porquê da dificuldade de aprendizagem apresentada pela criança. É importante que você coloque o resumo das principais dificuldades detectas durante o período de avaliação (cognitiva, motora, afetiva) e faça uma relação destas com a queixa apresentada, tentando esclarecer o motivo de sua existência (tudo isso após longo estudo do caso e análise criteriosa do mesmo). É claro que esta conclusão não é fechada, visto que este relatório se pauta numa avaliação inicial do caso e por isso você deve tomar muito cuidado com as afirmações aqui feitas. Seja cauteloso e responsável e acima de tudo, aja de acordo com a ética profissional. É baseado nesta conclusão inicial que você fará o planejamento das intervenções psicopedagógicas necessárias. Lembre-se que o processo de avaliação é contínuo e que muito do que foi detectado nesta avaliação inicial poderá ser alterado durante os atendimentos psicopedagógicos.
10) ENCAMINHAMENTOS: Aqui você fará os encaminhamentos que achar necessários. Por exemplo: se você perceber algum problema de ordem emocional na criança, você deve encaminha para uma avaliação psicológica. Você não pode encaminhar para psicoterapia, mas sim para avaliação, pois quem pode decidir se a criança precisa de terapia será o psicólogo que fizer a avaliação. Isto deve ocorrer com todos outros profissionais que você encaminhar, ou seja, você sempre encaminhará só para avaliação. Já no caso de você sugerir o acompanhamento psicopedagógico, você deverá dizer que tipo de atendimento você indica, a freqüência semanal e fazer um comentário sobre o que deverá ser trabalhado neste processo.
11) PROGNÓSTICO: Aqui você deverá dizer quais as melhoras esperadas da criança, caso o trabalho que você indicou no item anterior seja realizado. Não coloque prazo para os resultados, pois não se pode garantir o seu cumprimento. Seja ético e nunca prometa o que não pode cumprir.
Assine, carimbe e coloque data no final do relatório.
Este é um modelo de relatório feito em itens. Existem profissionais que optam por fazer o relatório como texto corrido. Isto é uma escolha pessoal e depende da habilidade para escrever e do estilo de cada um.
Eu optei pelo modelo em itens porque entendo que seja mais objetivo e organizado, inclusive para acompanhamento do caso, pois se no andamento do trabalho o Professional precisar, rapidamente, encontrar um dado da avaliação, será muito mais fácil.
Você poderá acrescentar outros itens que achar necessários como "linguagem" ou "comunicação", "comportamento social", "descrição da criança", etc, mas o modelo aqui apresentado já é bastante abrangente.
Saiba que um relatório bem feito é um dos seus principais meios de divulgação de um trabalho sério e bem feito. Em geral, as pessoas ficam com uma impressão muito ruim do profissional que se mostre desorganizado, prolixo, superficial e que apresente erros na construção da escrita.
Capriche e aperfeiçoe-se.
Texto elaborado pela professora Ieda Klarosk, psicóloga, pedagoga, psicopedagoga, mestre em Educação, para seus alunos dos cursos de Psicopedagogia.(2008)
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