terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

QUE TIPO DE LETRA.



Letra cursiva


O tema nos leva a questões como: qual é a melhor modalidade para iniciar o ensino da escrita? Deve-se ensinar uma modalidade ou as duas, simultaneamente?
Experiências experimentais revelam dados que devemos levar em consideração quanto aos tipos de escrita. No alfabeto script, o traçado das letras formadas por círculos unidos a traços retos obriga a criança a levantar o lápis para passar do traço reto ao circulo ou ao inverso. Essa escrita desenhada freia posteriormente o movimento da escrita, que requer continuidade e flexibilidade. A escrita cursiva caracteriza-se pelo enlaçamento das letras entre si. Essa ligação caracteriza o estilo do modelo cursivo, facilita a desenvoltura e a flexibilidade do movimento, e favorece a continuidade e o dinamismo na escrita.
O modelo cursivo permite que a criança perceba cada palavra como um todo, e esta percepção visual das palavras como unidades separadas é extremamente importantes para que, futuramente, haja espaço entre uma palavra e outra. Esses espaços constituem uma característica especifica da linguagem escrita, à diferença da linguagem oral, na qual as palavras são percebidas sem separações entre si.
Com isso, nossa proposta é que, desde o inicio da escolaridade, a criança "visualize" a escrita cursiva. Incidentalmente estaremos dando-lhe oportunidade de perceber os movimentos que a professora faz ao escrever: para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo.
Não queremos, no entanto, que essa proposta seja confundida com uma proposta de aprendizagem precoce ou um aceleramento dela, pois sabemos e defendemos que cada um tem seu ritmo, sua experiência prévia distinta, seu tipo de motivação frente à escolaridade e que, embora todos respondam, cada resposta poderá ser diferente.
É preciso, porém deixar claro, que há crianças que preferem escrever com letras de forma, e outras com letra cursiva. Não há letra correta, por isso independente da letra que a criança faça, e tenha mais facilidade, o que realmente importa é que seja uma letra legível, na qual todos consigam ler.
Literatura
"Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões do seu corpo.
O microscópio, o telescópio são extensões de sua visão; o telefone é a extensão de sua voz; em seguida temos o arado e a espada, extensões de seu braço. O livro, porém, é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação". (Jorge Luis Borges)
As maneiras de um livro chegar até nós são as mais corriqueiras possíveis. Retirando-o da biblioteca, comprando-o em livraria, em sebo, pedindo-o emprestado, descobrindo-o na bibliografia de um outro livro de que tenhamos gostado demais, dando atenção a um comentário que despertou a nossa vontade de ler.
O que deve ser importante ao depararmos com os livros na Educação é simplesmente o prazer e o desafio de contar determinadas histórias, seja ela de Monteiro Lobato ou dos Irmãos Grimm, aquela vontade irrefreável de transmiti-la às crianças, de querer passear pelos seus cenários e de conversar com seus personagens, um desejo de intimidade, de se entrar mais e mais no coração do livro.
Devemos ponderar a escolha do repertório: contos maravilhosos, fábulas, lendas, mitos, ficção, poesia, adivinhas, livros de imagens, e adequá-los para cada faixa etária.
Transmitir pelos gêneros proporcionará dinamismo e empolgação, além de ser um recurso eficiente para que as crianças se familiarizem com as características de cada um deles.
Desenvolver uma história utilizando fantoches, marionetes ou dramatização é uma maneira rica de estimular a imaginação, a linguagem, o pensamento e a socialização.
Os bonecos atraem a atenção e encantam as crianças, proporcionando o prazer de dar vida e voz a eles. Também levam as crianças à descobertas das potencialidades da voz. Aprendem a adequar a voz às situações, percebendo que podem aliar o ritmo vocal ao gestual.
A literatura associada ao teatro de bonecos ensina a criança a prestar atenção no mundo sonoro, a perceber a beleza da música e do ritmo.
As narrações mais belas nascem da naturalidade, do prazer de contarmos histórias, de transmitirmos a herança folclórica da humanidade.

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